quinta-feira, 19 de julho de 2012

Enecom 2012: Painéis de discussão

Foto: John Willian

Dentro da programação do Enecom DF 2012 ocorrem os painéis, um espaço de formação para aprofundar os conhecimentos dos participantes. O painel de abertura aconteceu na sexta-feira (13) e teve como tema “Por que democratizar a comunicação?”.

Quatro convidados compuseram a mesa no ginásio de Arena da UnB, falaram o quanto a internet é importante para a democratização da comunicação, porque através dessa nova mídia é possível que várias pessoas exponham suas opiniões e consigam maneiras alternativas de receber informação.

Um dos convidados foi Leandro Fortes, professor e jornalista da Carta Capital, que comparou os veículos de informação de antes com os de agora. Antes o jornalista era a única fonte de informação e atualmente, na internet, o repasse de informação foi descentralizado. E ressaltou a importância que os comunicadores têm principalmente nos dias de hoje.

No segundo painel, do sábado (14), foi debatida a situação da educação e da produção estudantil, discutindo a realidade da educação, a greve (seja parcial ou totalmente) que está presente em todas as universidades federais e a atuação do movimento estudantil. Os quatro convidados enfatizaram o quão sucateada está a nossa educação e as dificuldades dos professores e técnicos, além da falta de notícias na grande mídia sobre as greves.

Já o painel da segunda-feira (16), cujo tema era “Disputa institucional/ Papel do Estado”, foi falado da importância de participar de movimentos sociais e da importância da criação de um conselho estadual de comunicação, que facilitaria a intervenção na realidade local.

Foto: John Willian

Na mesa do último painel, da terça-feira (17), estavam presentes representantes da Marcha das Vadias, do MST, das Rádios Comunitárias e do Comitê Popular da Copa do DF. O tema do painel “A voz do oprimido está no ar” trouxe uma discussão a cerca da perseguição ao MST, no qual a mídia acaba estigmatizando o movimento.  Além disso também discutiu-se as lutas pela legalização de softwares nos assentamentos da Anatel e o fechamento das rádios comunitárias, uma vez que o rádio, juntamente com os jornais impressos, é o principal meio de comunicação do MST.

A discriminação contra a mulher também foi um dos pontos da pauta do painel, falando do conceito de mulher que a sociedade possui há bastante tempo, e muitas vezes finge ter mudado, mas é a primeira a criticar quando vê algo diferente, que não condiz com seus princípios.

Também foi tratado o andamento das obras da Copa, o quanto esse evento está custando aos cofres públicos, o descaso com a população através das desapropriações, das indenizações com valores baixos e a da higienização social para a mobilidade urbana. E principalmente o espaço que a mídia não disponibiliza para denuncia.

Por fim foi debatida a legalização das rádios comunitárias, a dificuldade em obter autorizações e as entidades que possuem tais autorizações sem ter esse direito, burlando a lei. A rádio comunitária deve ser modelo de jornalismo, ensinando as pessoas que existem várias versões e que a comunidade deve ter o direito acima de tudo.

Seja o primeiro a comentar ;)

  ©Centro Acadêmico Berilo Wanderley - Todos os direitos reservados.

Template by Dicas Blogger | Topo